A contratação de um novo empréstimo de curto prazo por parte da Câmara Municipal de Murça é mais um sinal das dificuldades financeiras que o Município atravessa. Vem, uma vez mais, demonstrar que a Autarquia não consegue fazer face aos seus compromissos sem que para isso tenha que pedir emprestado à banca. Refira-se se ainda que, há pouco mais de meio ano, o Município foi um dos abrangidos pelo Programa de Regularização Extraordinária de Dívidas ao Estado no valor total de cerca de 1 milhão e 300 mil euros (1.300.000€) para fazer face ao pagamento de dívidas a fornecedores.
Desde 2002 esta é já pelo menos a sétima vez que a Autarquia recorre a empréstimos entre factoring, empréstimos de médio-longo prazo à banca e aquando do Programa de Regularização Extraordinária de Dívidas ao Estado, num total de cerca de 10 milhões de euros.Os Vereadores eleitos pelo PSD demonstraram já aquando da primeira reunião deste executivo com a proposta apresentada e continuam a estar e manifestar a sua preocupação, com a actual situação financeira e orçamental da Autarquia, que revela uma inquietante dificuldade em cumprir os seus compromissos financeiros. Entrando numa espiral de sucessivos empréstimos, adiando o problema, mas colocando o Município numa situação de pré-insolvência.
