A desertificação populacional ou êxodo rural, termo pelo qual se designa o abandono do campo pelos seus habitantes, das áreas rurais para centros urbanos, é um fenómeno que tem vindo a aumentar na nossa região, um flagelo que dificilmente é contrariado.

Que o diga Pedro Magalhães, um especialista nesta matéria, que reconhece a incapacidade dos concelhos do distrito em manter as suas populações.
Residente em Murça onde é vereador pelo PSD, Pedro Magalhães considera que o ponto-chave desta problemática se concentra no incentivo às populações, “muito mais do que simples pagamentos”. Actualmente, Murça possui incentivos à fixação e à natalidade, mas estes estímulos, por si só, não são suficientes, e prova disso é o número de habitantes que tem vindo a decrescer nos últimos anos. É necessário criar emprego, dando incentivos à radicação de empresas e na dinamização dos produtos típicos”, afirmou.
Num concelho onde as freguesia de Carva e Fiolhoso são as mais afectada pela desertificação populacional, a solução passaria, portanto, pela dinamização da economia, não esquecendo as condições mínimas de educação, saúde e bem-estar.
Em 2009, segundo Pedro Magalhães, não houve qualquer investimento na dinamização de produtos agrícolas, uma medida que deveria ser equacionada. “É importante aproveitar os produtos produzidos na região, como a castanha, o vinho, o azeite. Nestes produtos, o maior valor vai para as grandes superfícies. Se apostássemos, por exemplo, na transformação dessas matérias – como de resto já acontece em Vila Pouca de Aguar com o granito – iríamos guardar grande parte desse capital no concelho”, disse.
O partido de que é vereador já apresentou algumas propostas em reunião de câmara, de forma a criar incentivos, como a isenção do EMI, para a radicação de empresas, num concelho onde “não há um tecido empresarial instalado”. “Ainda há relativamente pouco tempo, três empresas interessadas em instalar-se em Murça pediram essa benesse, sem que, contudo, fosse aceite. Um caso onde se nota falta de visibilidade.”, referiu.
Por outro lado temos o caso das acessibilidades. Murça está bem servida neste aspecto, com a IP4 e futuramente a A4 que ligará a vila a Bragança e Vila Real, mas “estes acessos tanto servem para as pessoas virem como para irem embora”.
Pedro Magalhães, que Trabalha no Instituto de Gestão de Fundos da Segurança Social, no Porto, acredita na potencialidade do concelho e da região, algo que reside não só nos produtos mas também nos jovens. “Temos jovens de valor em Murça mas, os seus conhecimentos empreendedores não são aplicados na região. Estes, por norma, vão para o litoral onde são melhor aproveitados. É preciso apostar na permanência das pessoas, e dos jovens em particular.”
Num concelho onde os dois maiores empregadores são a Câmara Municipal e Santa Casa da Misericórdia, a taxa de desemprego fixa-se nos 10%, com 300 desempregados e 3000 pessoas activas. Para o vereador, o encerramento de estabelecimentos de ensino e serviços de saúde, “medidas cegas do governo central”, em nada contribuem para o desenvolvimento duma região cada vez mais afectada pelo flagelo da desertificação populacional.
Residente em Murça onde é vereador pelo PSD, Pedro Magalhães considera que o ponto-chave desta problemática se concentra no incentivo às populações, “muito mais do que simples pagamentos”. Actualmente, Murça possui incentivos à fixação e à natalidade, mas estes estímulos, por si só, não são suficientes, e prova disso é o número de habitantes que tem vindo a decrescer nos últimos anos. É necessário criar emprego, dando incentivos à radicação de empresas e na dinamização dos produtos típicos”, afirmou.
Num concelho onde as freguesia de Carva e Fiolhoso são as mais afectada pela desertificação populacional, a solução passaria, portanto, pela dinamização da economia, não esquecendo as condições mínimas de educação, saúde e bem-estar.
Em 2009, segundo Pedro Magalhães, não houve qualquer investimento na dinamização de produtos agrícolas, uma medida que deveria ser equacionada. “É importante aproveitar os produtos produzidos na região, como a castanha, o vinho, o azeite. Nestes produtos, o maior valor vai para as grandes superfícies. Se apostássemos, por exemplo, na transformação dessas matérias – como de resto já acontece em Vila Pouca de Aguar com o granito – iríamos guardar grande parte desse capital no concelho”, disse.
O partido de que é vereador já apresentou algumas propostas em reunião de câmara, de forma a criar incentivos, como a isenção do EMI, para a radicação de empresas, num concelho onde “não há um tecido empresarial instalado”. “Ainda há relativamente pouco tempo, três empresas interessadas em instalar-se em Murça pediram essa benesse, sem que, contudo, fosse aceite. Um caso onde se nota falta de visibilidade.”, referiu.
Por outro lado temos o caso das acessibilidades. Murça está bem servida neste aspecto, com a IP4 e futuramente a A4 que ligará a vila a Bragança e Vila Real, mas “estes acessos tanto servem para as pessoas virem como para irem embora”.
Pedro Magalhães, que Trabalha no Instituto de Gestão de Fundos da Segurança Social, no Porto, acredita na potencialidade do concelho e da região, algo que reside não só nos produtos mas também nos jovens. “Temos jovens de valor em Murça mas, os seus conhecimentos empreendedores não são aplicados na região. Estes, por norma, vão para o litoral onde são melhor aproveitados. É preciso apostar na permanência das pessoas, e dos jovens em particular.”
Num concelho onde os dois maiores empregadores são a Câmara Municipal e Santa Casa da Misericórdia, a taxa de desemprego fixa-se nos 10%, com 300 desempregados e 3000 pessoas activas. Para o vereador, o encerramento de estabelecimentos de ensino e serviços de saúde, “medidas cegas do governo central”, em nada contribuem para o desenvolvimento duma região cada vez mais afectada pelo flagelo da desertificação populacional.
Filipe Ribeiro
in Notícias de Vila Real (16/06/2010)
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