sexta-feira, julho 02, 2010

Reunião de Câmara: 06 de Junho de 2010

Partilhar Pedido de Esclarecimento: Reforma da Saúde

A semana passada foi para nós uma semana repleta de desagradáveis surpresas.
Soubemos que a unidade de saúde de Murça já não fazia urgências, porque com a nova reforma implementada pelo Ministério da Saúde passou a ser apenas uma Unidade de Consulta Aberta/Intersubstituição, ficando-lhe assim vedada a prestação daquele serviço, dotando-se o Campo de Futebol com mais uma valência, acolher as unidades de urgência do 112 que aqui se deslocam para cobrir estas situações.

Ficámos a saber que, por força desta mesma reforma, a partir de ontem, dia 01 de Julho, o período de funcionamento daquela unidade passará a ser entre as 08:00 ou 09:00 horas da manhã (ainda em negociação pelo Sr. Presidente) e as 22:00 horas e que encerrariam as consultas médicas, pelo menos, nas extensões de saúde do Fiolhoso e Jou.
Ao que conseguimos apurar, também por força da reforma, estará para breve a subtracção de um médico a esta unidade de saúde e, logicamente, ao concelho.


De tudo isto, tomámos conhecimento através de fonte fidedigna, embora não formalmente, uma vez que, em rigor, desta reforma apenas saberão os responsáveis regionais da saúde, o Sr. Presidente da Câmara e alguns dos técnicos de saúde impotentes perante esta situação, os quais apenas podem e têm que cumprir determinações superiores.

  • Considerando serem estes assuntos demasiadamente importantes que alteram, em nosso entender, os hábitos e o bem estar das nossas populações, merecedoras, por direito próprio de mais e melhores serviços e informação transparente;
  • Não querendo pactuar com medidas que apenas lesam as envelhecidas, desmotivadas, desprotegidas e desertificadas populações do interior, agudizando ainda mais as assimetrias existentes relativamente aos grandes centros populacionais;
  • Não querendo que se repita o verificado no processo de encerramento das urgências em que impávida e serenamente o executivo de então, orientado pela mesma maioria de agora, aceitou sem qualquer contrapartida a sua abolição;
  • Considerando que os factos deveriam ser do conhecimento do Sr. Presidente há já bastante tempo, e a circunstância de os ter guardado só para si, sem os pôr à consideração deste órgão e deles não ter dado conhecimento à população, são razões já mais que suficientes para que lhe venham a ser assacadas, agora, todas as responsabilidades de nada ter feito;
  • Se o argumento for, pelo contrário o seu desconhecimento, será de tal forma grave que provará a distracção e o desinteresse na resolução dos assuntos realmente importantes para o bem estar das populações do concelho;

Exigimos do Sr. Presidente, um ponto de situação, esclarecedor deste assunto, referindo o que efectivamente se passa e quais as medidas que tomou para contrariar ou minimizar o impacto desta reforma.

Queremos desde já demarcarmo-nos da situação criada, por inoperância do responsável máximo da Autarquia, e afirmar que tudo faremos, para que estas medidas venham a ter o impacto o menos negativo possível nos serviços de saúde prestados a toda a população do concelho e que iremos empreender e incentivar medidas de luta exigindo contrapartidas que minorem as perdas e os constrangimentos das mudanças operadas.


Os Vereadores do PSD
Paulo Calvão
Pedro Barroso Magalhães

Depois da Tomada de Posição dos Vereadores do PSD na Reunião de Câmara, a decisão de encerramento da Consulta Aberta foi suspensa, "provisoriamente", mas até quando? O PSD manter-se-á atento!

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